Talvez no final da semana consiga entrar no SudExpress. Ir até ao Louvre e dizer à Mona Lisa que pare de se fingir tão puritana, que é uma puta! Que estou farta dela e não sei o que vêem nela! Naquela puta, insípida, cheia de falsos moralismos, mulher-anjo-mistério que finge não querer ser tocada quando olha para o Leonardo cheio de vontade de o foder como uma perdida.
Talvez no final da semana consiga entrar no SudExpress.
No outro dia alguém me disse que somos nós que temos que nos adaptar ao mundo e não o mundo a nós. Não percebo o que quer isso dizer. Porque tenho eu de me adaptar ao mundo? O mundo é tão grande, tão vasto, tão desorganizado, tão confuso, tão cheio de incongruências, tão desequilibrado, tão injusto. O mundo está sempre a mudar de ideias. Como me posso eu estar constantemente a adaptar às suas vontades? Não, não quero. O mundo que se adapte a mim e às minhas vontades. Eu não sigo os caminhos que o mundo quer. Sigo os meus. Apanho os comboios que quero. Uso o meu livre-arbítrio. Não sei qual é o caminho que vou tomar mas sei que não é aquele que o mundo quer!
E talvez no final da semana consiga entrar no SudExpress e sentar-me com um livro na mão nas escadarias do Sacré Coeur.
Vou lavar o cabelo de vermelho-vivo-sangue-paixão.
11 comentários:
Lol. Hum...merece uma resposta mas terá que ser amanhã...
hummm... sádico.
;)
Estes três textos são tão diferentes daquilo que costumo escrever que estava à espera de uma crítica. Nem que fosse um "volta para as tuas abrunhosisses, que não tens jeito para isto", como diria o meu desaparecido companheiro de blogue. [inter... para quando a tua ressurreição?]
Mas, ok, fico a aguardar por amanhã, então.
Beijinho de boa noite.
Expresso do Oriente
Hum, acabei por responder...
Passividade de ser fodida? minha cara, faça favor de assumir então a carruagem que eu cá não me importo de ser fodido.
"a passividade de ser fodida" aqui tem um duplo sentido que vem muito além da sexualidade. Tem a ver com não aceitar que tomem as rédeas da nossa vida, que escolham por nós, etc...
A re-resposta logo te a dou.
errata: que vai (e não que vem)
[pomo-nos a falar de sexo e depois dá nisto]
Mas ó A. na cama que interessa quem toma as rédeas se houver respeito? Não somos na cama aquilo que somos no resto do tempo, ou seremos? Se calhar, e por mim falo, até somos, não posso olvidar que a liberdade é tão importante para mim no sexo como no resto da minha vida. Todavia parece-me que no sexo ninguém está a tentar controlar a tua vida, e se estiver então é porque essa pessoa não vale um chavo. Agora que não há nada de mais erótico do que o despudor no sexo, lá isso...
Ó H., quer-me parecer que continuas sem entender a duplicidade de sentidos em "ser-se fodido". Na cama não há, de facto, ou não devem haver, papéis atribuídos. Fode-se e é-se fodido. Há entrega (ou deve haver) de parte a parte. Agora, na vida, "ser-se fodido" é metáfora para "ser-se lixado". E era com essa duplicidade que pretendia jogar. O que na cama é bom, na vida é mau. O branco, o preto e os cinzas.
Quanto ao ser-se na cama aquilo que se é na vida... discordo. Acho que quando despimos as roupas nos despimos de tudo o ue nos controla, é uma libertação total; de modo que na cama somos muito diferentes (ou não, no caso de quem é controlado por questionáveis moralismos) do que somos na vida, extravazamo-nos, deixamos de ser seres ordinários para sermos extraordiários.
A propósito da minha metáfora:
Tive um blogue chamado SexKoz que utilizava metáforas do campo da sexualidade para comentar a actualidade. Acabei por o fechar porque ninguém via para além do sexo.
Citando outro post deste blog: "não sei o que se passa com o blogue..."
Realmente, também eu não sei o que se passa, este Comboio que em tempos já foi tão longe, com fotos de autor e conteúdos que não precisavam de bolinha no canto, agora é só fotos de pai incógnito, palavrões a torto-e-direito, e mais parece uma janela de messenger entre duas pessoas apenas...
É com sinceridade que digo, é pena este Comboio ter entrado numa linha de topo... Mas eventualmente tinha de acontecer...
DN
É assim tão susceptível, caro SudEx?
As fotos estão identificadas.
Quanto a não gostar do que lê, tem esse direito.
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