sexta-feira, 10 de agosto de 2007

A propósito de um grande concerto ontem no Casino Estoril, de um encontro imediato na hora do regresso a casa... e claro, comboios

Nunca É Tarde Para Se Ter Uma Infância Feliz

A gente já não sabe o que há-de fazer com a lua

Gerou-se um curto-circuito no canal telepático

E a caverna clandestina por detrás da cascata

Onde os amantes se entregavam à eternidade

Hoje não passa dum moderno armazém de sucata
Existem mil produtos para encher o vazio

Criámos computadores para ampliar a memória

E todos nós temos disfarces para aumentar a confusão

Só não sabemos como fazer o amor durar

O grande enigma continua a dar-nos cabo do coração

"Olá, a que horas parte o teu comboio?

O meu é às cinco e trinta e três

Ainda falta um bom bocado,

Queres contar-me a tua história?

Espera, deixa-me adivinhar,

Vais recomeçar noutro lado...

Trazes escrito na bagagem

Que a coisa aqui não deu...

Quanto a mim, também me sinto um pouco desenraízado... "

Também o amor se adapta às leis da economia

Investe-se a curto prazo e reduz-se a energia

E quando o barco vai ao fundo ninguém quer ser culpado

Mas nunca é tarde para se ter uma infância feliz

O cavaleiro solitário ainda sonha acordado

AIÔ - AIÔ - AIÔ - AAAAAHHH!

AIÔ - AIÔ - AIÔ - AAAAAHHH!

AIÔ - AIÔ - AIÔ - AAAAAHHH!

AIÔ - AIÔ - AIÔ - AAAAAHHH!

3 comentários:

Leonor disse...

A tua última entrada trás nostalgia. É doce e amarga ao mesmo tempo.

Anónimo disse...

olha leonor... nem mais. acertaste em cheio...

E.O.

Leonor disse...

E já deixo aqui ficar que eu quero sempre que sejas sincera. Não vale de nada que me digas que gostas dos meus poemas por gostar. Detesto isso. Além disso sabes bem que nem sempre as coisas saem bem. Fica bem