Nunca É Tarde Para Se Ter Uma Infância Feliz
A gente já não sabe o que há-de fazer com a lua
Gerou-se um curto-circuito no canal telepático
E a caverna clandestina por detrás da cascata
Onde os amantes se entregavam à eternidade
Hoje não passa dum moderno armazém de sucata
Existem mil produtos para encher o vazio
Criámos computadores para ampliar a memória
E todos nós temos disfarces para aumentar a confusão
Só não sabemos como fazer o amor durar
O grande enigma continua a dar-nos cabo do coração
"Olá, a que horas parte o teu comboio?
O meu é às cinco e trinta e três
Ainda falta um bom bocado,
Queres contar-me a tua história?
Espera, deixa-me adivinhar,
Vais recomeçar noutro lado...
Trazes escrito na bagagem
Que a coisa aqui não deu...
Quanto a mim, também me sinto um pouco desenraízado... "
Também o amor se adapta às leis da economia
Investe-se a curto prazo e reduz-se a energia
E quando o barco vai ao fundo ninguém quer ser culpado
Mas nunca é tarde para se ter uma infância feliz
O cavaleiro solitário ainda sonha acordado
AIÔ - AIÔ - AIÔ - AAAAAHHH!
AIÔ - AIÔ - AIÔ - AAAAAHHH!
AIÔ - AIÔ - AIÔ - AAAAAHHH!
AIÔ - AIÔ - AIÔ - AAAAAHHH!
3 comentários:
A tua última entrada trás nostalgia. É doce e amarga ao mesmo tempo.
olha leonor... nem mais. acertaste em cheio...
E.O.
E já deixo aqui ficar que eu quero sempre que sejas sincera. Não vale de nada que me digas que gostas dos meus poemas por gostar. Detesto isso. Além disso sabes bem que nem sempre as coisas saem bem. Fica bem
Enviar um comentário